Depois de mais de 9 mil milhas náuticas navegadas em mais de 50 dias, o FPSO Atlanta, ufa!, já está em águas brasileiras. A embarcação, que saiu do estaleiro Drydocks World, em Dubai, no mês de março, agora inicia as atividades de ancoragem no Campo de Atlanta, na Bacia de Santos. “Foram dois anos de execução do projeto Atlanta, com grande parte das atividades realizadas no Brasil e em Dubai, além da gestão global de fornecedores, e mais de 8 milhões de horas trabalhadas sem nenhum incidente. E, o mais importante, dentro do prazo e do orçamento previstos. Essa é mais uma etapa significativa e que demonstra a eficiência do trabalho realizado pela equipe que trabalhou na adaptação do navio”, afirmou o diretor de operações da Enauta, Carlos Mastrangelo, o mago dos FPSOs.
A Enauta é a primeira empresa independente do país a desenvolver um sistema de produção em águas profundas desde a fase zero. Em seguida à ancoragem, serão iniciadas as atividades de lançamento e instalação das linhas e equipamentos submarinos e posterior conexão ao FPSO Atlanta. O primeiro óleo se mantém previsto conforme aprovado na sanção do projeto, agosto de 2024. O FPSO Atlanta tem capacidade de processamento de até 50 mil barris de óleo e 140 mil barris de água por dia, e de estocagem de 1,6 milhão de barris de petróleo. O navio também terá um processo eficiente de gestão de carbono, o que reduzirá significativamente as emissões de gases que provocam o efeito estufa.
A Enauta e a Yinson Production firmaram o acordo para construção e operação do navio em fevereiro de 2022. Em julho do ano passado, a Yinson Production exerceu sua opção de compra do FPSO Atlanta. O exercício da opção dá início a vigência dos contratos de afretamento, operação e manutenção por 15 anos com possibilidade de extensão por cinco anos adicionais. A Enauta é operadora do Campo de Atlanta com 100% de participação. Em março deste ano, a Companhia celebrou uma parceria com a Westlawn Americas Offshore para venda de 20% de participação no ativo. A conclusão da transação ainda depende da aprovação dos órgãos competentes.
(Publicado em 16/05/2024)