Petrobras faz planos para Margem

Investimento de US$ 3,1 bilhões visa tranquilizar o Ibama quanto às perfurações na Foz do Amazonas. Permissão à Petrobras não foi concedida.

Petrobras anunciou recentemente que, no Amapá, implantará a maior estrutura de pronta resposta para possíveis acidentes ambientais durante suas operações na Bacia da Foz do Amazonas. Isso será possível com o investimento bilionário que o grupo está disposto a realizar.

Ainda nesse sentido, a Petrobras apresentou, no final de janeiro de 2025, a estrutura desenvolvida para eventuais emergências. A visita foi realizada à obra da Unidade de Estabilização e Despetrolização (UED) em Oiapoque, que está em fase de construção desde novembro de 2024.

Investimentos estruturais e capacitação para emergências Ambientais

O projeto da Petrobras para a Bacia da Foz do Amazonas prevê uma série de medidas preventivas e estruturais. O objetivo é garantir uma atuação eficaz em situações de risco.

Um dos principais investimentos anunciados pela companhia inclui a mobilização de seis embarcações especializadas, que estarão posicionadas estrategicamente para contenção e recolhimento de óleo. É válido destacar as duas embarcações que estarão sempre próximas à unidade marítima de perfuração (sonda).

Além das embarcações, a Petrobras também vai disponibilizar três aeronaves equipadas para realizar diferentes operações. Entre elas, resgate aeromédico, monitoramento da área e, caso necessário, resgates de fauna.

A companhia destaca que, em caso de emergência envolvendo a fauna local, outras seis embarcações estarão prontas para prestar atendimento especializado. Elas contarão com equipes de biólogos e veterinários, que trabalharão em conjunto com a estrutura de proteção animal da Petrobras.

A Petrobras também detalhou que em janeiro deste ano informou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) sobre o andamento da implementação da Unidade de Estabilização e Despetrolização (UED) e do Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) de fauna.

A unidade, localizada em Belém, no Pará, funcionará em sinergia com a nova estrutura em Oiapoque. Juntas, buscarão otimizar o atendimento veterinário e a reabilitação de animais afetados por incidentes ambientais.

A Petrobras, apesar de considerar a probabilidade de acidentes ambientais como remota, reitera seu compromisso com a proteção ambiental. Além disso, garante que a estrutura de resposta estará preparada para lidar com qualquer imprevisto.

Com mais de 3.000 poços perfurados em águas profundas e ultra-profundas, a companhia sublinha que a segurança e a preservação do meio ambiente são prioridades. Até o momento, nenhum incidente significativo foi registrado.

Parceria e transparência com o Ibama

A Petrobras já expressou otimismo em relação ao processo de licenciamento ambiental e se comprometeu a continuar trabalhando de maneira transparente e colaborativa com o Ibama.

A empresa está em processo de obtenção da licença para iniciar a perfuração no Amapá, que deverá ocorrer na área FZA M 59, em águas profundas. De acordo com a companhia, essa licença dependerá da Avaliação Pré-Operacional (APO), um estudo que deve ser aprovado pelo órgão ambiental.

Ainda em fase de análise, o Ibama deverá aprovar o plano de emergências recentemente apresentado pela Petrobras.

A estatal continua focada na construção de uma nova base para emergências, com previsão de conclusão em até 60 dias. A base ficará em uma localização mais próxima da área de exploração, visando otimizar o tempo de resposta em casos de incidentes.

Plano de expansão da Petrobras na Margem Equatorial

A Bacia da Foz do Amazonas está no epicentro dos planos de expansão da Petrobras, que, no período de 2024 a 2028, irá investir US$ 3,1 bilhões para a perfuração de 16 poços na Margem Equatorial.

Essa área se estende pela costa do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, vista pela companhia como um polo potencial para novas descobertas e exploração de petróleo.

De acordo com o planejamento estratégico da empresa, a Margem Equatorial será uma das principais áreas de atuação, com a expectativa de avançar no desenvolvimento de novos projetos de perfuração e produção.

A Petrobras segue trabalhando para garantir que sua atuação na Bacia da Foz do Amazonas esteja alinhada com os mais altos padrões internacionais de segurança e respeito ao meio ambiente.

O compromisso da empresa com o uso responsável dos recursos naturais e a proteção da fauna local reflete o seu papel como uma das principais responsáveis pela exploração do petróleo no Brasil.

 

 

Fonte: Mesmo sem a licença do Ibama, a Petrobras já faz planos para extrair petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, garantindo que não haverá prejuízo ao meio ambiente. O investimento para cumprir os requisitos do órgão é de US$ 3,1 bilhões! – CPG Click Petroleo e Gas

(Publicado em 11/02/2025)