ExxonMobil e Petrobras arrematam blocos na Bacia da Foz do Amazonas durante o leilão do 5º Ciclo da Oferta Permanente. Investimentos ultrapassam R$ 400 milhões na nova fronteira exploratória.
A Bacia da Foz do Amazonas se destacou como uma das regiões mais disputadas no leilão do 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, realizado na terça-feira (17), no Rio de Janeiro. A ExxonMobil, em consórcio com a Petrobras, arrematou cinco blocos estratégicos no setor SFZA-AP3, consolidando um avanço expressivo na nova fronteira exploratória da Margem Equatorial.
Leilão atrai gigantes do setor para a Foz do Amazonas
Durante a sessão pública do leilão, o consórcio formado pela ExxonMobil (operadora com 50% de participação) e Petrobras (50%) conquistou os blocos FZA-M-477, FZA-M-547, FZA-M-549, FZA-M-619 e FZA-M-621, marcando a estreia da petroleira americana com vitórias no certame.
Ainda no mesmo setor, a Chevron, em parceria com a chinesa CNPC, também garantiu espaço ao adquirir os blocos FZA-M-405, FZA-M-473 e FZA-M-475.
Esses arremates geraram um bônus de assinatura total de R$ 305,2 milhões para o setor SFZA-AP3, com uma média de R$ 38,15 milhões por bloco.
O investimento previsto em atividades de exploração chega a R$ 439,81 milhões, correspondentes a 1.553 unidades de trabalho (UTs), com uma média de 194 UTs por bloco.
Setor SFZA-AP4 também movimenta o leilão
No setor SFZA-AP4, foram arrematados dois blocos adicionais da Bacia da Foz do Amazonas — FZA-M-1040 e FZA-M-1042 — novamente por meio do consórcio entre Petrobras (operadora) e ExxonMobil, ambos com 50% de participação.
Cada bloco foi adquirido por um bônus de R$ 5,2 milhões, com investimento estimado em R$ 109,8 milhões em exploração.
A área total conquistada pelos consórcios na Bacia da Foz do Amazonas soma 6.111,51 km², reforçando o valor estratégico da região para o futuro da produção energética brasileira.
Oferta Permanente impulsiona flexibilidade e competitividade
O leilão do 5º Ciclo da Oferta Permanente incluiu blocos em cinco bacias sedimentares: Foz do Amazonas, Parecis, Potiguar, Santos e Pelotas.
Ao todo, foram ofertados 16 setores — dois terrestres e 14 marítimos. A modalidade de Oferta Permanente permite que blocos fiquem disponíveis continuamente, possibilitando que empresas apresentem propostas conforme sua estratégia e momento ideal de investimento.
Nesta edição, 12 companhias participaram com garantias de oferta, e 31 estavam habilitadas a realizar lances.
A flexibilidade do modelo tem sido fundamental para atrair investimentos e ampliar a competitividade do setor de petróleo e gás no Brasil.
(Publicado em 19/06/2025)