ANP aprova estudos geoeconômicos de três blocos no pré-sal da Bacia de Campos. Áreas têm alto potencial e aguardam aval final para leilões futuros.
Na última quarta-feira, 24, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou os estudos geoeconômicos de três blocos localizados no pré-sal da Bacia de Campos: Calcita, Dolomita e Azurita. As áreas totalizam aproximadamente 6.200 km² e foram classificadas como de alto potencial exploratório, com condições técnicas e econômicas favoráveis ao desenvolvimento de grandes empreendimentos energéticos.
Blocos no pré-sal ainda aguardam autorização final
A medida integra o Projeto Calcita, que faz parte do Calendário Estratégico de Avaliações Geológicas e Econômicas do Polígono do Pré-sal, lançado no final de 2023.
Com essa aprovação, a ANP atinge 68% de análise da área sedimentar efetiva do polígono, o maior percentual desde a implementação do regime de partilha de produção.
Apesar da aprovação técnica pela ANP, os blocos do pré-sal ainda não estão liberados para inclusão em ofertas públicas.
Para avançarem, será necessário obter uma Manifestação Conjunta do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), além da aprovação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Por isso, essas áreas ainda não farão parte do 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha (OPP), cujo leilão está marcado para outubro.
A expectativa é que, após o cumprimento das exigências legais, as áreas passem a compor ciclos futuros de oferta.
Estudos da ANP reforçam atratividade do pré-sal
Os blocos aprovados fazem parte de uma das regiões mais promissoras do Brasil em termos de produção de petróleo e gás.
Segundo os estudos da ANP, o potencial exploratório da área é elevado, tanto pela qualidade das reservas quanto pelas condições favoráveis de viabilidade econômica.
O objetivo da agência, ao conduzir estudos prévios, é reduzir incertezas para investidores, fortalecendo o ambiente de negócios e atraindo mais concorrência nos leilões.
A iniciativa também contribui para melhorar o aproveitamento das áreas com maior retorno energético e financeiro.
Novo bloco terrestre é proposto na Bacia do Amazonas
Além dos estudos no pré-sal, a Diretoria da ANP também aprovou a proposta de inclusão de um novo bloco terrestre na Bacia do Amazonas na lista da Oferta Permanente de Concessão (OPC). A área possui cerca de 275 km² e foi selecionada com base em critérios técnicos e socioambientais.
Para que o bloco seja incluído oficialmente no edital da OPC, será necessário cumprir diversas etapas, como análise ambiental, nova Manifestação Conjunta do MME e MMA e a realização de audiência pública. Somente após esse processo o bloco poderá ser ofertado às empresas interessadas.
Com a conclusão de mais uma fase do Projeto Calcita, a ANP avança na sua missão de mapear áreas estratégicas do pré-sal, promovendo maior transparência regulatória e contribuindo para a expansão segura e sustentável da produção de petróleo no Brasil.
Segundo a agência, “as condições técnicas e econômicas da região são propícias ao desenvolvimento de empreendimentos de grande porte”, o que reforça o papel do pré-sal como motor do setor energético nacional.
(Publicado em 28/07/2025)