Plataforma operada pela PRIO desde 2013 envia óleo a 11 km de distância até o FPSO Bravo, com produção ativa de 11 poços e um injetor
O Campo de Polvo (PRIO) é um dos exemplos mais emblemáticos de reestruturação e inovação operacional no setor offshore brasileiro. Descoberto em 1994, ele passou por diversas operadoras até ser assumido pela PRIO (ex-HRT P3) em 2013, e hoje representa um ativo consolidado na produção independente de petróleo no Brasil.
A história do campo começa em janeiro de 1994 com a perfuração do poço 1-RJS-455, em lâmina d’água de 121 metros, pela sonda semissubmersível Treasure Legend (SS-41), sob operação da então BR. A produção começou oficialmente em 2007, sob gestão da Devon.
Transição operacional e tieback até o FPSO Bravo

Após uma passagem pela BP, o campo foi adquirido pela HRT em 2013, hoje rebatizada como PRIO. Até 2021, o óleo extraído era escoado para o FPSO Polvo, inicialmente da Prosafe e depois da BW. Com o descomissionamento da unidade flutuante, a PRIO implementou uma das soluções logísticas mais ousadas do offshore recente: um tieback submarino de 11 km de extensão.
A operação foi conduzida com o navio-lançador de linhas PLSV Sapura Topázio, da empresa Seagems. Com isso, o petróleo produzido pela plataforma fixa de Polvo passou a ser enviado para o FPSO Bravo, localizado no vizinho campo de Tubarão Martelo.
Capacidade de produção e estrutura ativa
Atualmente, a plataforma de Polvo conta com 11 poços produtores e 1 poço injetor, permitindo estabilidade operacional e controle de reservatório. A integração com Tubarão Martelo reforça a estratégia da PRIO de otimizar ativos maduros e manter altos níveis de aproveitamento mesmo em estruturas já consolidadas.
Esse modelo, baseado em inovação técnica e maximização de recursos existentes, posiciona o Campo de Polvo (PRIO) como uma referência de resiliência produtiva na Bacia de Campos.
Histórico do Campo de Polvo (PRIO) em números
- Descoberta: Janeiro de 1994
- Lâmina d’água: 121 metros
- Poços ativos: 11 produtores + 1 injetor
- Produção iniciada: 2007
- Tieback para o FPSO Bravo: 11 km de extensão
- FPSO anterior (descomissionado): FPSO Polvo
Segundo informações publicadas pelo operador de rádio Venicio Viter no LinkedIn, o tieback realizado em 2021 representou um marco de continuidade da produção com redução de custos logísticos e ganho de eficiência energética.
(Publicado em 16/04/2025)