FPSO de Raia sai antes do tempo.

Projeto Raia avança com FPSO retirado do dique seco antes do prazo. Plataforma produzirá gás na Bacia de Campos a partir de 2028.

FPSO (navio-plataforma flutuante) que fará parte do Projeto Raia, um dos mais ambiciosos empreendimentos da indústria energética brasileira, deu um passo adiantado em seu cronograma. A estrutura foi retirada do dique seco 24 dias antes do previsto, segundo comunicado recente da Repsol Sinopec, empresa que compõe o consórcio do projeto ao lado da Equinor (operadora com 35%) e da Petrobras (30%).

Gasoduto de 200 km ligará FPSO à costa brasileira

A previsão é de que a produção se inicie em 2028, com impacto direto na oferta nacional de gás natural.

Além da antecipação, o empreendimento recebeu a Licença de Instalação Marítima do Ibama, que autoriza o início das atividades de instalação do gasoduto offshore.

A expectativa é de que o Projeto Raia responda por até 15% da demanda de gás do país até o final da década.

O modelo de produção do Projeto Raia combina tecnologia avançada com infraestrutura robusta.

O gás natural será processado diretamente a bordo do FPSO e escoado por um gasoduto de 200 quilômetros de extensão até Cabiúnas, em Macaé (RJ).

A capacidade de exportação estimada é de 16 milhões de metros cúbicos por dia, o que representa um reforço expressivo no fornecimento de energia para o Brasil.

Três campos do pré-sal compõem o Projeto Raia

Localizado na Bacia de Campos, o Projeto Raia abrange três descobertas importantes no pré-sal: Pão de AçúcarGávea e Seat.

Juntas, essas áreas somam mais de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe) em reservas de gás natural e óleo/condensado.

Trata-se de um marco relevante para a segurança energética nacional e para a redução da dependência de fontes externas.

Fabricação internacional dos módulos do FPSO já está em andamento

Os módulos do topside, parte superior do FPSO onde ficam os equipamentos de processamento, estão sendo fabricados em três polos industriais: Rio de Janeiro, China e Singapura.

Depois de finalizados, os componentes serão transferidos para o estaleiro Cosco Qidong, na China, onde será realizada a integração final com o casco da unidade.

Repsol Sinopec celebra avanços com foco na transição energética

Segundo Alejandro Ponce, CEO da Repsol Sinopec Brasil, o projeto vai além da produção de gás. Ele representa também um compromisso com práticas sustentáveis e com a modernização do setor de energia:

“O Raia é um projeto estratégico para o Brasil, com foco no fornecimento de energia segura, eficiente e sustentável. Celebramos cada avanço em sintonia com o compromisso da Repsol de contribuir com a transição energética”, afirmou o executivo.

Investimento de US$ 9 bilhões e geração de milhares de empregos

A grandiosidade do Projeto Raia se reflete também nos números: são US$ 9 bilhões em investimentos previstos e a geração estimada de 50 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, ao longo de toda a vida útil da iniciativa.

Isso significa uma injeção significativa de recursos na economia nacional e o fortalecimento da indústria de óleo e gás no Brasil.

Licenciamento ambiental avança com apoio do Ibama

Além da Licença de Instalação Marítima obtida em julho, o Projeto Raia também recebeu, em junho, a Licença Prévia do Ibama, que aprovou a localização e concepção do projeto.

Essa licença atesta a viabilidade ambiental da operação e impõe requisitos técnicos e condicionantes para as próximas fases, como a obtenção da Licença de Operação.

 

Fonte: FPSO do Projeto Raia sai do dique seco antes do previsto e antecipa cronograma rumo à produção em 2028 – CPG Click Petroleo e Gas

(Publicado em 18/07/2025)