A Shell Brasil e a Petrobrás anunciaram o início da produção do FPSO Sepetiba, no Campo de Mero, na Bacia de Santos, que efetivamente começou a sua produção no último dia 31 de dezembro. O FPSO Sepetiba, também conhecido como Mero 2, tem uma capacidade operacional de 12 milhões de metros cúbicos de gás natural e de 180 mil barris de óleo por dia. Inicialmente, a unidade está conectada a seis poços produtores e seis poços injetores. A tecnologia aplicada na construção e operação do FPSO tem como objetivo aumentar a eficiência operacional e contribuir para redução de emissões de gases de efeito estufa.
“O desenvolvimento do FPSO Sepetiba potencializa nossa parceria de classe mundial com a Petrobrás e reforça nossa presença em um dos mais produtivos campos do Brasil. Esse projeto está alinhado com a nossa estratégia ‘Impulsionando o Progresso’ e com o nosso compromisso de alavancar projetos cada vez mais eficientes e competitivos, para fornecer recursos energéticos com segurança hoje e nas próximas décadas”, disse a diretora de Upstream da Shell, Zoe Yujnovich.
A unidade está localizada a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, numa profundidade que atinge 2.050 metros. Seu antecessor, o FPSO Guanabara, também conhecido como Mero 1, iniciou a produção em abril de 2022. O consórcio planeja receber mais dois FPSOs no campo de Mero até 2025. A atuação global da Shell em Águas Profundas compreende duas bacias petrolíferas, nos Estados Unidos e no Brasil, e um portfólio com forte geração de caixa e desempenho operacional.
O FPSO Sepetiba faz parte de um sistema de produção que inclui a perfuração e a preparação do poço para a produção (completação) de oito poços produtores e oito poços injetores de água e gás que estão sendo interligados à unidade. A unidade possui tecnologias inovadoras para aumentar a eficiência na produção e, além disso, viabilizar a atividade de CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage), onde o gás rico em CO2 é reinjetado no reservatório e reduz as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. “Para a Petrobrás, alta produtividade e descarbonização andam juntas pois, ao realizar as nossas atividades, temos como parâmetro a sustentabilidade nos negócios, bem como no meio ambiente“, comentou o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates.
Mero produz diariamente cerca de 230 mil barris de óleo e 15 milhões de m3 de gás. Com a entrada do FPSO Sepetiba, o campo atingirá uma capacidade de produção de 410 mil barris por dia. Trata-se de um campo unitizado, operado pela Petrobrás (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) (3,5%), como representante da União na área não contratada. O consórcio afretou o FPSO Sepetiba da SBM, que também o construiu a terceira unidade produtora do campo de Mero, de um total de cinco, já que duas ainda serão instaladas. O diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobrás, Carlos José Travassos, disse: “Vencemos o desafio de colocar cinco unidades em operação, somente neste ano. Isso demonstra a capacidade técnica da Petrobras, nossa intenção de investir no crescimento da produção e, consequentemente, no desenvolvimento do Brasil.”
A TotalEnergies, que também faz parte do consórcio que opera o campo, também comemorou a entrada em operação da nova unidade: “O início da produção de Mero-2 é um novo marco para a TotalEnergies no Brasil, uma área de crescimento fundamental para a Empresa. Com seus vastos recursos e produtividade de classe mundial, o desenvolvimento de Mero oferece produção de petróleo de baixo custo e baixa emissão, em linha com a estratégia de nossa Empresa“, disse Patrick Pouyanné, Presidente e CEO da TotalEnergies.