Geração eólica alcança recordes em JUL

Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam recorde de produção de energia eólica no Brasil para o segundo semestre de 2023. Nos quatro primeiros dias de julho, a geração da fonte renovável atingiu 17.110 MW, representando 24,3% da demanda total do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Segundo o ONS, na última terça (4/7), às 22h55, a geração instantânea e média de eólica no SIN chegou a 19.720 MW, o maior índice registrado este ano. O número equivale a 27,8% da demanda naquele minuto de carga nacional, mais de um quarto da carga total do sistema.

No dia 3 de julho, apenas a região Nordeste alcançou 17.135 MW e, dentro de 24 horas, superou 18.401 MW na produção de energia eólica, correspondendo a 149,1% da demanda do subsistema.

Isso significa que, durante esse período, a carga do submercado poderia ser totalmente suprida pela energia limpa gerada, com uma capacidade excedente.

“A região tem os potenciais naturais para se tornar o grande celeiro das energias limpas e renováveis do mundo”, afirma o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira.

“Estamos trabalhando para fortalecer marcos legais e regulações; atrair investimentos, a fim de gerar energias renováveis e desenvolvimento, além de oportunidades que beneficiem a nossa população”, completa.

Os maiores complexos eólicos em operação

No Brasil, os parques eólicos já acumulam uma capacidade instalada de 26 gigawatts. Até maio deste ano, mais de 2 GW de potência foram adicionados no país.

No mesmo período, o país contava com 900 usinas instaladas, sendo 85% delas localizadas no Nordeste, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Veja a lista (clique aqui para conferir os detalhes):

  1. Lagoa dos Ventos (716,5 MW)
  2. Campo Largo (687,9 MW)
  3. Chuí (582,8 MW)
  4. Oitis (517 MW)
  5. Rio do Vento (504 MW)
  6. Chafariz (471,2 MW)
  7. Chapada do Piauí (438 MW)
  8. Alto Sertão (438 MW)
  9. Delta do Maranhão (426 MW)
  10. Ventos de São Roque (396 MW)

Os dados são da Aneel e das empresas e correspondem a junho de 2023.

Expectativa de crescimento

De acordo com o ONS, o aumento da intensidade dos ventos em diversas regiões do Brasil até setembro deve favorecer a produção de energia eólica. É esperado que a participação da fonte na matriz elétrica do SIN seja impulsionada durante o período.

Em maio de 2023, a matriz energética brasileira teve uma expansão de 4,61 GW de capacidade, sendo que 87,6% veio de usinas eólicas e solares, segundo dados da Aneel.

Somente no início de julho, as fontes eólica e solar foram responsáveis por 45% da geração de eletricidade em todo o país. A geração solar atingiu 18.528 MW e a eólica alcançou 14.818 MW, enquanto a demanda total de energia elétrica no SIN foi de 73.096 MW.

 

Fonte: Geração eólica alcança recordes em julho; conheça os maiores parques (epbr.com.br)

 

(Publicado em 10/07/2023)