Tecnologias na manutenção de ativos, como SCADA e Digital Twins, revolucionam o setor de óleo e gás via manutenções preditivas e ESG.
A manutenção industrial está passando por uma transformação radical com o advento de novas tecnologias. Ferramentas como SCADA e Digital Twins desempenham um papel crucial na manutenção preditiva, garantindo que os equipamentos funcionem com eficiência máxima. Desde a década de 1990, a introdução dessas tecnologias tem reduzido significativamente o tempo de inatividade e aumentado a segurança das operações. Com foco no conceito de Indústria 4.0, há uma ênfase crescente na digitalização e automação dos processos, o que se traduz em operações mais confiáveis. Essa revolução tecnológica não é apenas uma tendência; ela está redefinindo os padrões de manutenção em nível global.
Especificamente no setor de óleo e gás, a aplicação dessas inovações tem se intensificado desde 2010, permitindo monitoramento em tempo real e melhor gestão dos ativos. A exploração mineral beneficia-se enormemente das capacidades preditivas, já que os operadores podem agir preventivamente. Esta abordagem proativa não só reduz riscos, mas também potencializa a sustentabilidade, alinhando-se com os objetivos de ESG. No entanto, a tecnologia por si só não é suficiente; é essencial o investimento em treinamento para capacitar as equipes a utilizar essas ferramentas. Até 2025, espera-se que o setor alcance novos patamares de eficiência e segurança, conforme relatado pela Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (ABRAMAN).
O Impacto da Manutenção Industrial 4.0 na Exploração Sustentável
Com a implementação dessas tecnologias, a indústria extrativa testemunhou uma considerável redução nos acidentes e falhas, o que se traduziu em condições de trabalho mais seguras. As soluções de manutenção digital oferecem novas maneiras de prever e mitigar problemas antes que eles ocorram, possibilitando uma economia substancial de recursos financeiros e naturais. Em 2018, um estudo da Deloitte destacou como a tecnologia 4.0 tem elevado não só a produtividade, mas também a viabilidade das operações minerárias. Isto é particularmente crucial em tempos de crescente demanda por minerais, impulsionada pela transição energética global.
A transição para essas inovações exige, entretanto, um esforço coordenado entre governos, indústrias e instituições educacionais. Entre 2020 e 2025, espera-se que iniciativas de colaboração desencadeiem um aumento no desenvolvimento de habilidades especializadas em tecnologia digital para mineração. A Universidade de São Paulo (USP) está na vanguarda desse movimento, promovendo cursos que integram conceitos de manutenção industrial 4.0 com uso de inteligência artificial.
Portanto, a sinergia entre tecnologia e estratégia de manutenção é vital para sustentar o crescimento contínuo na mineração. Ao adotar essas soluções novas e robustas, a indústria minera não só prosperará economicamente, mas também contribuirá para um futuro mais sustentável.
Nos últimos anos, a manutenção de ativos tem experimentado uma revolução sem precedentes, graças ao avanço das tecnologias dedicadas a esse campo. A partir dos anos 2000, houve um aumento notável nos investimentos direcionados a abordagens preventivas. A implementação de sistemas informatizados, como o Supervisory Control and Data Acquisition (SCADA), se mostrou crucial, trazendo melhorias consideráveis para a manutenção de ativos no setor industrial.
Impactos das tecnologias na manutenção de ativos
Apesar disso, os benefícios proporcionados pelas tecnologias na manutenção de ativos vão muito além do dia a dia das empresas. Histórias marcantes ao longo dos anos demonstraram que a falta de manutenção eficaz de ativos pode culminar em tragédias, tanto econômicas quanto sociais. Casos como o derramamento no Golfo do México pela plataforma Deepwater Horizon da BP em 2010; o acidente na refinaria de Texas City, também da BP, em 2005; o desastre de Piper Alpha, da Occidental Petroleum, em 1988; e a explosão da plataforma P-36 da Petrobras em 2001, servem como evidência impactante.
Inovações na manutenção industrial e seus reflexos
Além das perdas humanas colossais, esses incidentes resultaram em danos financeiros de bilhões para as empresas envolvidas, mostrando a relação direta entre a gestão dos ativos e aspectos de segurança e sustentabilidade. A implementação de manutenções preditivas e preventivas, facilitadas por recursos tecnológicos, tem aprimorado significativamente a segurança de ambos, equipamentos e trabalhadores. Organizações nesse segmento agora podem realizar planejamentos industriais mais precisos, reduzir custos e prolongar a vida útil de suas máquinas.
No cenário atual, como revelado em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), cerca de 29% das firmas do ramo estão focadas em investir na operação e gestão de ativos, consolidando a manutenção industrial como uma forte tendência. A digitalização do processo, que ocorre há décadas, foi impulsionada pelo casamento das novas inovações com ferramentas tradicionais já usadas.
Novas frentes na manutenção industrial 4.0
Uma das principais mudanças veio com sensores baseados em Internet of Things (IoT), que coletam dados em tempo real para acompanhar indicadores, como temperatura, pressão e vibração, e a análise de grandes volumes de dados com Inteligência Artificial (IA). Esta última oferece a capacidade de prever falhas, reconhecer padrões e otimizar planos de manutenção. De acordo com o IBP, 34% das empresas já utilizam instrumentação IoT inteligente e 41% planejam fazê-lo em breve.
Nesta conjuntura, outros desenvolvimentos incluem a réplica virtual de ativos, os Digital Twins, e a criação de avançados softwares de gestão de manutenção (CMMS), permitindo simulações preditivas e melhor rendimento. Esses elementos, juntamente com tecnologias na manutenção de ativos, promovem não apenas a eficiência em dados, mas também a mobilidade e acesso remoto. Equipes em campo, mesmo fora de alcance da internet, podem acessar o necessário para garantir operações eficazes.
Desafios e oportunidades na implementação tecnológica
A tecnologia agora transforma o fluxo de dados em ações preventivas específicas. Identificações de riscos, como vazamentos e superaquecimentos, agora aderem a normas rigorosas. A visão consolidada de ativos, desde válvulas submarinas até turbinas, é vital em áreas de alto risco, permitindo que gestores priorizem decisivamente recursos com base em informações técnicas e financeiras. Entretanto, a modernização de máquinas e a adoção de novas soluções digitais levantam questões de custos, qualificações para operação e interpretação, proteção contra ataques cibernéticos e integração com softwares existentes.
Além disso, a manutenção industrial 4.0 apoia diretamente objetivos de Environmental, Social & Governance (ESG), ao reduzir emissões e desperdícios, preservar a segurança dos colaboradores e das comunidades e garantir transparência e eficiência. Investimentos em tais tecnologias no setor de óleo e gás aumentam a confiabilidade dos ativos, colaborando para uma gestão de custos e recursos mais estratégica.
Perspectivas futuras da tecnologia em manutenção de ativos
Combinações de tecnologias como IoT, IA e análises preditivas e preventivas resolvem desafios deste setor, desde a redução da necessidade de ações corretivas emergenciais, até a conformidade com regulamentações, evitando sanções e paradas imprevistas. Essas inovações transformam a gestão de manutenção em um ambiente estratégico, equilibrando necessidades de energia limpa, competitividade e redução de riscos, enquanto aceleram a mudança energética e elevam a resiliência operativa.
Por fim, o uso adequado de ferramentas que reforçam a evolução da gestão de ativos é um diferencial crucial. As empresas que buscam estar alinhadas às contínuas inovações na manutenção industrial na indústria de óleo e gás, adotando manutenção 4.0 e soluções abrangentes, combinando softwares avançados, IA, dispositivos IoT e integrações robustas, conquistarão uma vantagem competitiva e assegurarão negócios mais sustentáveis e duradouros que as que permanecem reativas e sem dados confiáveis.
(Publicado em 19/02/2025)