PCH1: operando há 40 anos

Com a altura de um prédio de 48 andares e o peso de 250 mil toneladas, a Plataforma de Cherne 1 (PCH-1) é a maior plataforma fixa de petróleo do Brasil, um marco da engenharia nacional que opera há mais de 40 anos.

No coração da Bacia de Campos, um verdadeiro colosso de concreto se ergue sobre as águas do Oceano Atlântico. A Plataforma de Cherne 1, ou PCH-1, operada pela Petrobras, detém o título de maior plataforma fixa de petróleo do Brasil. Sua história é um retrato da era pioneira da exploração de petróleo em alto-mar no país.

De acordo com dados da própria Petrobras e da Agência Nacional do Petróleo (ANP), é fundamental entender a diferença entre os tipos de plataforma. Enquanto a PCH-1 é a recordista entre as estruturas fixas, as maiores unidades em capacidade de produção são as modernas plataformas flutuantes (FPSOs) do pré-sal. A história da PCH-1 é a de um gigante de outra era, mas que continua a ser uma peça vital na produção de energia do Brasil.

O que é e onde fica a Plataforma de Cherne 1 (PCH-1)?

A PCH-1 está localizada no Campo de Cherne, na Bacia de Campos, a cerca de 133 km da costa de Macaé, no Rio de Janeiro. Ela é a maior plataforma fixa de petróleo do Brasil, uma categoria de estrutura que tem suas “pernas” apoiadas diretamente no fundo do mar, sendo utilizada em águas consideradas rasas.

A instalação em 1982

Plataforma fixa de petróleo brasileira tem a altura de um prédio de 48 andares, 250 mil toneladas e opera há mais de 40 anos

A instalação da PCH-1, em novembro de 1982, foi um marco na história da engenharia brasileira. A plataforma é uma estrutura do tipo GBS (Gravity-Based Structure), feita de concreto. Sua estabilidade no fundo do mar, a uma profundidade de 117 metros, é garantida pelo seu próprio peso monumental.

As dimensões da PCH-1 são impressionantes:

  • Altura Total: Aproximadamente 144 metros, o equivalente a um prédio de 48 andares.
  • Peso Total: Cerca de 250.000 toneladas.

A função de um “hub” no mar: como a PCH-1 opera

Uma curiosidade sobre a maior plataforma fixa de petróleo do Brasil é que ela não perfura poços. Sua função é atuar como uma plataforma central de processamento.

Ela recebe toda a produção de óleo e gás de outras seis plataformas satélites menores localizadas ao seu redor (Cherne 2, Garoupa 1, Namorado 1, Namorado 2, Pargo 1 e Corvina). Na PCH-1, o óleo, a água e o gás são separados, e a produção é então bombeada para a costa através de dutos.

Plataformas fixas vs. flutuantes: entendendo a diferença

Plataforma fixa de petróleo brasileira tem a altura de um prédio de 48 andares, 250 mil toneladas e opera há mais de 40 anos

Para entender o ranking das plataformas, é crucial saber a diferença entre os dois principais tipos. As plataformas fixas, como a PCH-1, foram a solução de engenharia para as águas rasas da Bacia de Campos nos anos 70 e 80.

Já as plataformas flutuantes (FPSOs) são navios-plataforma gigantes, ancorados em águas ultraprofundas, como as do pré-sal. Elas são muito maiores em capacidade. O FPSO Almirante Tamandaré, por exemplo, que iniciou a produção em fevereiro de 2025, pode processar 225 mil barris de óleo por dia, um volume muito superior ao de qualquer plataforma fixa.

O legado da PCH-1: um marco da engenharia que continua em operação em 2025

Mesmo com a chegada das gigantes do pré-sal, a PCH-1 continua a ser um ativo estratégico para a Petrobras em julho de 2025. Ela é fundamental para otimizar a produção dos campos maduros da Bacia de Campos.

A história da maior plataforma fixa de petróleo do Brasil é a de uma pioneira, um símbolo do desenvolvimento tecnológico que permitiu ao Brasil se tornar uma potência na exploração de petróleo em alto-mar.

 

Fonte: Plataforma fixa de petróleo brasileira tem a altura de um prédio de 48 andares, 250 mil toneladas e opera há mais de 40 anos

(Publicado em 03/07/2025)