Petrobras e Strohm concluem testes bem-sucedidos de tubos TCP na Bacia de Campos. Tecnologia promete revolucionar o pré-sal e impulsionar produção local no Brasil.
A Petrobras realizou, no mês passado, um marco inédito na exploração offshore ao testar, com sucesso, os tubos de compósito termoplástico (TCP) desenvolvidos pela Strohm, na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro.
Os ensaios demonstraram não apenas a robustez do novo material, mas também sua fácil instalação com navios-padrão já utilizados pela estatal. A iniciativa marca uma nova fase na parceria entre a Petrobras e a empresa holandesa, que pretende expandir sua atuação no mercado brasileiro.
Esse foi o primeiro teste em mar aberto da Petrobras com dutos TCP, uma alternativa leve, flexível e resistente à corrosão. O objetivo é validar a tecnologia para ambientes desafiadores, como o pré-sal, onde os altos níveis de CO₂ exigem soluções inovadoras e duráveis.
Strohm e Petrobras avançam em inovação no setor submarino
O projeto simboliza o ápice de meses de colaboração entre a Strohm e a Petrobras. Segundo Renato Bastos, vice-presidente da Strohm no Brasil, os testes reforçam o potencial transformador da tecnologia no mercado global de águas profundas.
“Esta fase de sucesso marca o ápice de uma colaboração notável entre a Petrobras e a Strohm ao longo dos últimos meses, e os resultados dos testes de campo comprovam a inovação e a qualidade que o TCP traz para a indústria”, afirmou Bastos.
A Strohm já considera o Brasil estratégico em seu plano de expansão, e o sucesso desse piloto técnico pode acelerar a implantação de uma nova unidade de produção no país.
Testes em mar aberto confirmam desempenho dos dutos TCP
Durante os ensaios, os tubos de compósito passaram por uma série de testes em condições reais, como esmagamento, imersão profunda (DIP) e conexões verticais submarinas.
A instalação foi feita em configuração catenária — método que simula o comportamento real do duto sob pressão e profundidade —, permanecendo submerso por 24 horas.
A vantagem da tecnologia TCP está na sua resistência à corrosão sob tensão causada pelo dióxido de carbono, um desafio comum no pré-sal.
Isso representa uma solução promissora para aumentar a durabilidade e eficiência dos sistemas submarinos da Petrobras.
Pré-sal no radar: Brasil como centro de produção
Os resultados dos testes abriram caminho para a qualificação dos tubos TCP em aplicações no pré-sal brasileiro.
Segundo a Strohm, os aprendizados obtidos na Bacia de Campos serão fundamentais para aprimorar o desempenho dos dutos em projetos futuros, especialmente nos poços do pós-sal e no cluster do pré-sal.
De acordo com Gustavo Calazans, Gerente Geral de Engenharia Submarina da Petrobras:
“Este é um marco importante do nosso Programa de Industrialização Submarina, do qual a Strohm é uma parceira fundamental. Este resultado contribui fortemente para acelerar a instalação de uma nova planta no Brasil, trazendo não apenas avanços tecnológicos, mas também competitividade, aumento do conteúdo local e redução de custos para os projetos da Petrobras.”
Mercado promissor para a Strohm no Brasil
A Petrobras é hoje a maior consumidora de tubos flexíveis do mundo, com projeções de forte demanda nos próximos anos.
A entrada da Strohm no mercado brasileiro, portanto, chega em um momento estratégico, em que o país busca fortalecer sua cadeia de fornecedores e reduzir custos operacionais sem comprometer a inovação.
Com a tecnologia TCP aprovada em testes rigorosos, a Strohm avança para consolidar-se como fornecedora-chave da Petrobras, apostando em soluções sustentáveis, resistentes e com alto conteúdo local.
(Publicado em 21/07/2025)