Petróleo sobe com conflito em Israel

No terceiro dia após os ataques coordenados pelo Hamas contra civis israelenses, o governo de Israel ordenou um cerco total à Faixa de Gaza (CNN). A escalada da violência provocou ao menos 700 mortes em Israel, 500 na Faixa de Gaza e Cisjordânia (G1).

– Ainda não está claro qual serão as repercussões em outros países na região. Sauditas, que vinham ampliando tratativas diplomáticas com Israel, condenaram os ataques, mas citam as ocupações impostas por Israel à população palestina.

– Os EUA dizem desconfiar que a ruptura dos recentes esforços diplomáticos entre Arábia Saudita e Israel motivou o Hamas (Reuters).

– Segundo o WSJ, a Guarda Revolucionária Iraniana (GRI) participou do planejamento do ataque; foi negado pelo governo iraniano (AFPReutersCNNReuters).

– O governo liderado por Benjamin Netanyahu indicou que vai promover um cerco total em Gaza (The Guardian), com tropas em terra, além dos bombardeios já iniciados em retaliação ao Hamas.

Os preços do petróleo Brent tocaram os US$ 89 por barril no mercado futuro e seguem negociados em alta nesta segunda (9/10), próximo dos US$ 88 (+4%).

– A commodity já havia se recuperado na sexta (6/10), com dados positivos da economia americana. O Brent havia subido para o patamar de US$ 85.

– Israel também determinou a interrupção da produção do campo de gás natural de Tamar, operado pela Chevron no Mediterrâneo.

O presidente Lula condenou os “ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel”, no sábado. O Brasil assumiu a Presidência do Conselho de Segurança da ONU este mês e vai convocar uma reunião emergencial. “Não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis”, disse o Itamaraty em nota.

Petrobras. A política de preços da Petrobras vai “mitigar” eventuais efeitos do conflito no Oriente Médio, segundo o presidente da companhia, Jean Paul Prates. Ele participa de evento no Rio.

– “Isso vai mostrar como está dando certo a política atual de preços da Petrobras, ela deve mitigar esses efeitos”, disse Prates (CNN)

Diesel. A Rússia anunciou a liberação das exportações de diesel, 15 dias após restringir a venda do combustível para outros países. O corte tinha sido uma tentativa de estabilizar o mercado local – que passa por problemas de escassez e inflação dos combustíveis.

– A decisão deve beneficiar o mercado brasileiro, já que a Rússia se tornou este ano a principal fonte das importações de diesel do país, superando a liderança histórica dos Estados Unidos.

– O governo russo afirmou que as exportações estão liberadas desde que o fabricante forneça pelo menos 50% do combustível produzido ao mercado interno.

O imposto federal sobre o diesel voltou a ficar zerado na semana passada com o fim do prazo da MP 1175, que criou o programa de renovação da frota de veículos e estabeleceu uma cobrança de 14 centavos sobre o litro do combustível, a partir de setembro.

– Se não houver novas mudanças legislativas, o imposto voltará a ser cobrado em janeiro de 2024, segundo o Ministério da Fazenda.

A Opep estima que a demanda global por petróleo em 2045 será de 116 milhões de barris por dia, em revisão, publicada segunda (9/10), das previsões de longo prazo para a demanda de petróleo. É mais do que o previsto em 2022.

– A organização fala em resistência contra medidas de descarbonização e prevê que serão necessários US$ 14 trilhões em investimentos em petróleo até 2045 para garantir a oferta (Reuters).

– O grupo ampliado, com participação da Rússia (Opep+), planeja prolongar cortes de produção para 2024