Transpetro expande operações ship to ship no Porto de Fortaleza, consolidando o Ceará como um hub estratégico para a Petrobras!
O estado do Ceará tem ganhado protagonismo na logística de abastecimento da Petrobras. A Transpetro, subsidiária da estatal, ampliou significativamente suas operações de transbordo de combustíveis entre navios, conhecidas como ship to ship, no Porto de Fortaleza.
Em 2024, foram realizadas 14 operações do tipo, um aumento expressivo em relação a 2023, quando apenas duas transferências foram efetuadas.
O crescimento das atividades no Ceará está diretamente ligado à expansão da exploração de petróleo na região Nordeste.
“Com o aumento das campanhas exploratórias, foi necessário reforçar o abastecimento de diesel marítimo. O Ceará se tornou um ponto estratégico nesse processo”, explicou Robervalter Capirunga, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Transpetro.
Descobertas impulsionam operações no Porto de Fortaleza
Uma das campanhas exploratórias que impulsionaram esse crescimento está sendo realizada na Bacia Potiguar, localizada entre o Ceará e o Rio Grande do Norte.
A Petrobras anunciou, em abril de 2024, a descoberta de uma acumulação de petróleo no poço exploratório Anhangá, o que pode representar um aumento futuro na produção e na logística de abastecimento.
No Porto de Fortaleza, localizado no bairro Mucuripe, os navios abastecidos pelo sistema ship to ship se beneficiam da otimização do fluxo logístico e da redução de até 30% nos custos de transporte.
Além da capital cearense, essa operação é realizada em outras 12 localidades do Brasil, desempenhando um papel fundamental na distribuição de combustíveis, especialmente em regiões de difícil acesso.
Transpetro e as operações ship to ship: uma solução estratégica
A operação ship to ship tem se consolidado como uma alternativa eficiente para a transferência de combustíveis, evitando a sobrecarga de terminais e portos.
A técnica pode ser realizada com um dos navios ancorados ou em movimento, mas exige autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Marinha do Brasil.
Durante a seca histórica do Rio Amazonas, por exemplo, a modalidade se mostrou essencial para garantir o abastecimento de combustíveis.
“Com o nível dos rios extremamente baixo, não era possível que os navios maiores chegassem à região metropolitana. Assim, utilizamos embarcações menores para transferir o produto e otimizar o abastecimento”, destacou Capirunga.
No Ceará, a Transpetro prevê um aumento contínuo dessas operações no Porto de Fortaleza e estuda a possibilidade de ampliar suas atividades para o Porto do Pecém.
Com a crescente demanda por combustíveis e a expansão das atividades de exploração da Petrobras na região, o estado deve se consolidar como um polo estratégico na logística marítima do país.
(Publicado em 17/03/2025)